Já sentiu como se sua vida estivesse parada? Como nada se renovasse, como se tudo estivesse estagnado? Nenhuma novidade, nenhuma boa notícia? Seu emprego está tedioso, sua semana é cheia de atividades rotineiras, as músicas parecem as mesmas, os filmes e séries previsíveis, os assuntos são os mesmos... as roupas estão sem graça, as pessoas nas redes sociais parecem todas iguais e tudo parece muito monótono e muito chato?
Me peguei sentindo essas coisas e me perguntei o motivo disso...Cheguei a conclusão de que na verdade minha vida não está parada, pelo contrário (houveram muitos acontecimentos importantes ultimamente) o que acontece é a questão de eu não viver e sentir esses momentos de verdade. Percebo que muitas vezes eu tenho passado pelos momentos de forma muito distante e cheguei a um denominador comum o smartphone e mais precisamente as redes sociais. Percebo que minhas conversas estão sendo com o celular na mão ou até mesmo pausadas para responder alguma mensagem... as músicas não têm sito ouvidas de fato sem o celular na mão, respondendo alguma mensagem, as séries e os filmes têm a atenção dividida com o smartphone, almoços, jantares, estudos, exercícios, viagem de ônibus, passeio de carro, rotina do trabalho, elevadores TUDO, praticamente TUDO que tenho feito eu estou com o celular na mão (só não uso no banheiro com o celular porque acho nojento). E olha que eu não sou a pessoa que mais posta conteúdo e fotos, pelo contrátrio mal faço isso, mas me pego abrindo o Intagram, Pinterest, Youtube e outras redes, praticamente de 10 em 10 minutos ou até menos! Chega a ser abusurdo... parece um vício! Fico vendo e revendo as mesmas coisas, as mesmas fotos, as mesmas frases de efeito e muitas vezes coisas que me deixam frustrada, ansiosa, triste (notícias principalmente). Me percebi me cobrando e tentando fazer coisas além do meu alcance só porque vi um vídeo da blogueira ativista ambiental. Me peguei ficando mal mesmo por não conseguir comprar os produtos naturais que são super caros... Me peguei deixando de fazer coisas que eu gosto porque vi alguém falando que fazia mal... aderindo a cursos por impulso, comprando ou deixando de comprar um produto após ver a opinião da blogueira sem nem ao menos pensar que ela é um outro ser humano com condições diferentes das minhas, com a pele, cabelos, olhos totalmente diferentes dos meus (podem ser parecidos, mas nunca iguais) ou seja nem sempre o que é bom para ela será para mim. Me percebi consumindo conteúdo fútil no sentido de não agregar nada na MINHA VIDA, e quando falo isso digo sobre coisas que não posso dar atenção no momento (como por exemplo mudar meu padrão alimentar porque grande parte dos perfis que sigo no momento falam que deveria fazer isso) coisas que me faziam me sentir culpada, e me auto cobrar e punir. Estou praticamente vivendo a vida pelo olhar, opinião e modo de vida dos outros.
Percebi a tendência de muitos influencers através de seus perfis querendo ditar modos de vida de forma abrupta, sem levar em conta que milhares de pessoas tem condições de vida diferentes das deles recebem aquela postagem cheia de cobrança, aquela "ditadura" através de discursos duros, cheios de imposições. Vejo também certa sutileza com discursos : "sou feliz, seja como eu e você será também", quero seu bem e logo depois a enxurrada de promoções de produtos ou cursos, workshops e tudo voltado para angariar mais publis. Também tem aqueles discursos de "produza ao máximo, seja criativo, seja investidor, seja isso, seja aquilo... como se a vida tivesse uma única receita pronta para que você, eu, o Zé, a Maria, o fulano do outro lado do mundo. Um passo a passo para seguirmos e termos exatamente o mesmo resultado "maravilhoso" do influenciador. Foi então que percebi que tudo isso em mim só tem gerado um resultado: Insatisfação!
Entendi que na verdade não é que está tudo parado, sem graça, na verdade eu só estou instisfeita porque não estou sendo EU, não estou tendo minha própria opinião, não estou fazendo ou deixando de fazer algo por mim e sim pelos outros... estou só passando pelos momentos e não estou vivenciando eles, por não dar atenção plena aquilo que estou fazendo.Estou sempre esperando a opinião do outro, a vivência do outro, quer sendo pegando a última dica ou esperando o último post sobre o acontecimento do momento. Isso também tem muita haver com o medo de errar, pois fico meio que esperando para ver se vale a pena ou não ter ou fazer aquilo que o outro já fez, assim não "erro". Acabei esquecendo que a vida não é exatamente um eterno experimentar. E que são os erros que nos ensinam. (mas isso é assunto para um outro dia).
Essa percepção me leva a voltar a uma antiga meta: DIMINUIR O TEMPO com o celular, mais especificamente com as redes sociais. Diminuir porque acredito que seja impossível não utilizá-lo hora nenhuma do dia, mas acredito no uso consciente dele como ferrementa e não como guia ou manual de instruções de vida.
Vou novamente colocar um tempo espcífico para utilizar redes sociais e manter o celular o máximo possível longe de mim durante atividades. Vou contar com ajudar de apps que limitam o tempo de uso para isso, algo que me ajudou uma outra vez em que tive feedbacks de pessoas próximas sobre estar tempo todo com o celular na mão, feedbacks esses que têm voltado...
Quero viver a vida com meu olhar, minha percepção, formando minhas opiniões, de acordo com meu padrão de vida. Quero sentir as pessoas, ouví-las, ter o famoso olho no olho, sem interrupções e ditrações, sem perguntar: "do que estávamos falando mesmo"...
Quero sentir e raciocinar sobre as situações e não me ver lendo opiniões de outros para formar minha opinião.
Quero sentir que estou vivendo, apreciando, sendo grata e não apenas passando pela vida.
Começando por hoje, espero voltar aqui com ótimas experiências para dividir.
Dar o melhor de si tem grande relação com comprometimento. Se formos pensar em um exemplo didático podemos entender melhor... Ao olhar um prato de ovos com bacon percebemos que a galinha foi envolvida no processo, já o porco foi comprometido. Como assim? A galinha só "cedeu" os ovos para o processo, já o porco "entregou" seu corpo. (Sim é um exemplo forte, não sou a favor de matança dos animais, é só um exemplo). No caso envolver-se em algo é participar, dar voltas ou seja cercar, estar ao redor.... enquanto que comprometer-se significa se empenhar, se dedicar, se obrigar de algo ou seja se responsabilizar. Isso tudo casa perfeitamente com a premissa da lei da atração de ter o foco no que quer através dos pensamentos, sentimentos, atitudes e vibração. Quando damos nosso melhor em algo, nos dedicamos naquilo, logo vemos sentido em fazer aquilo... vemos os benefícios de fazer ou ter aquilo. Como os Abraham nos dizem nos livro...
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